Com a alta do dólar, a dívida líquida do setor público deve cair neste mês. A estimava do Banco Central (BC) é que a relação entre a dívida e tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) – caia dos 38,2%, registrados em outubro, para 36,8%, em novembro.
"Tivemos uma alta no mês que deve retornar novamente em novembro", disse do chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.
As alterações desse indicador do setor público ocorrem devido às oscilações do dólar. Quando a cotação da moeda norte-americana sobe, a dívida cai. Isso acontece porque no cálculo da dívida pública estão incluídos os ativos, em grande parte remunerados em dólar (reservas internacionais).
Se a previsão do BC para este mês se confirmar, será o menor patamar da dívida em relação ao PIB da série histórica, iniciada em 2001.
A dívida líquida do setor público é um balanço de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais e das empresas estatais. Outro indicador fiscal divulgado pelo BC é a dívida bruta do governo geral (governos federal, estaduais e municipais), muito utilizado para fazer comparações com outros países.
Em outubro, a dívida bruta do Governo Geral (Tesouro Nacional, Previdência Social, governos estaduais e municipais) chegou a R$ 2,226 trilhões, o que correspondeu a 55,4% do PIB em outubro, com redução de 0,4 ponto percentual em relação a setembro. Esse é o menor patamar desde dezembro de 2010 (54,7%). Para novembro, a previsão do BC é que a dívida bruta fique em 55,5% do PIB. Como no caso da dívida bruta não são contabilizados os ativos, não há efeito das variações do câmbio.
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