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Plano de Metas: os 31 objetivos de JK que redesenharam o Brasil

Quando Juscelino Kubitschek assumiu a presidência em 31 de janeiro de 1956, o Brasil enfrentava uma grave crise de infraestrutura, desequilí...

Quando Juscelino Kubitschek assumiu a presidência em 31 de janeiro de 1956, o Brasil enfrentava uma grave crise de infraestrutura, desequilíbrios econômicos regionais e uma economia ainda baseada em padrões do século XIX. Em resposta, JK lançou uma proposta ousada e inovadora: o Plano de Metas, uma estratégia de desenvolvimento acelerado que prometia realizar “cinquenta anos de progresso em cinco”.




Desenvolvimento como missão de governo

Inspirado no modelo norte-americano de planejamento industrial pós-guerra e apoiado por uma equipe técnica de excelência, o Plano de Metas foi organizado em cinco grandes áreas: energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. O governo definiu 30 metas nesses setores e somou a 31ª como símbolo de sua principal bandeira política: a construção de Brasília.

As metas foram tratadas como compromissos de gestão. Cada uma era acompanhada de cronogramas, estudos técnicos, articulação com o setor privado e financiamento externo, inclusive com apoio do BIRD (atual Banco Mundial).

As principais metas do plano

  • Duplicação da produção de energia elétrica
  • Implantação de novas rodovias e modernização de ferrovias
  • Criação de polos industriais automobilísticos (Volkswagen, Willys-Overland, Mercedes-Benz)
  • Expansão da indústria de cimento, aço e mineração
  • Construção de usinas hidrelétricas estratégicas, como Furnas e Três Marias
  • Implantação da Petrobras como motor da autonomia energética
  • Modernização da agricultura e incentivo à mecanização
  • Construção de Brasília como nova capital federal

O impacto sobre o Brasil

O Plano de Metas ampliou o Produto Interno Bruto brasileiro em mais de 40% entre 1956 e 1961. O país deixou de ser uma economia predominantemente rural e passou a ser visto como uma potência industrial emergente. Cidades cresceram, indústrias se multiplicaram e novas oportunidades surgiram em regiões até então esquecidas pelo poder público.

Foi também um período de otimismo nacional, em que se criou a noção de que o Brasil poderia, sim, alcançar o desenvolvimento com autonomia. Juscelino tornou-se um símbolo de modernidade e eficiência política — mesmo enfrentando pressões internas, críticas ao endividamento externo e desafios inflacionários.

Legado e controvérsias

Embora a política de incentivos tenha gerado um aumento da dívida externa e da inflação, muitos historiadores consideram o Plano de Metas o marco fundador do Brasil moderno. Os resultados são visíveis até hoje em setores como energia, transportes e indústria automotiva.

Mais do que um plano técnico, foi um projeto de país. Uma visão ousada de um Brasil integrado, produtivo e protagonista.


“Vamos construir este país como nunca se construiu antes.” – Juscelino Kubitschek

JK Hoje é uma seção exclusiva do JK Post Journal, onde a história se torna presente, e o legado de JK inspira o futuro.

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