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Rodovias de JK: quando o Brasil escolheu crescer sobre pneus

Ao traçar as metas de seu plano desenvolvimentista, Juscelino Kubitschek definiu que o Brasil precisava estar conectado. Não apenas politica...

Ao traçar as metas de seu plano desenvolvimentista, Juscelino Kubitschek definiu que o Brasil precisava estar conectado. Não apenas politicamente ou economicamente, mas fisicamente. E foi assim que se iniciou a mais ambiciosa expansão rodoviária da história nacional até então.



Estradas como artérias do desenvolvimento

Entre 1956 e 1961, o Brasil viu nascer ou ser pavimentado mais de 20 mil quilômetros de rodovias. A construção da Rodovia Belém-Brasília é o caso mais emblemático: uma via cortando florestas e sertões, ligando o norte ao centro-sul do país.

Além dela, estradas como a Rio-Bahia (BR-116), a Fernão Dias e a BR-153 começaram a tomar forma ou ganharam novos trechos. O objetivo era integrar o território nacional, promover o escoamento da produção e abrir espaço para a indústria automotiva recém-chegada ao país.

O fim das ferrovias?

Essa guinada para o transporte rodoviário teve custo. O modelo ferroviário, até então dominante, foi deixado de lado. Investimentos em trilhos foram paralisados ou redirecionados para obras de asfalto. A ferrovia Norte-Sul, por exemplo, só seria retomada décadas depois.

Críticos apontam que essa decisão comprometeu a logística nacional a longo prazo e contribuiu para a dependência do transporte rodoviário de cargas, com implicações ambientais, urbanas e econômicas.

Defensores, no entanto, afirmam que o contexto da época exigia decisões rápidas, e as rodovias eram mais ágeis e baratas para construir, além de favorecerem a mobilidade individual, algo alinhado à ideia de modernização e consumo.

Legado permanente

Boa parte da malha rodoviária principal do país tem origem no governo JK. Mais do que asfalto, essas vias representaram o espírito de uma nação em movimento, tentando vencer suas distâncias continentais com coragem e ambição.

A aposta nas rodovias criou empregos, facilitou o comércio, estimulou a migração e deu forma ao Brasil urbano que floresceu nas décadas seguintes.


“Vamos ligar os extremos deste país com estradas. E com elas, traremos progresso.” – Juscelino Kubitschek

JK Hoje é o lugar onde cada quilômetro de asfalto nos leva de volta a um tempo em que o Brasil apostava em si mesmo.

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